quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Meu discurso como orador - Colação de Grau

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009


Boa noite, Professores, formandos, pais, amigos e convidados.


Ufa! Quatro anos se passaram e agora temos direito a cela especial. Pelo menos a faculdade servirá para alguma coisa.


No começo era tudo maravilhoso, alguns trabalhos a fazer, nada muito complicado. Até que um certo dia chega o primeiro “briefing”. Aí a ficha começou a cair. Lembro como se fosse hoje, quando a Prof.ª Luisa Helena entrou na sala e disse que tinha um “trabalhinho” que iria durar o ano todo, o famoso “interdisciplinar”. Aí a ficha caiu completamente. Agora estou na academia!


Alguns mudaram de curso, outros abandonaram a faculdade, acho que perceberam que a Publicidade não é todo esse glamour que mostram as mídias, mas os que ficaram, esses são os grandes vencedores.


E aquela sala lotada aos poucos foi diminuindo...


Estamos no segundo ano, a responsabilidade aumenta. Foi o ano em que tentamos transformar a Xuxa em uma pessoa intelectual na aula de criação. Não lembram? Eu lembro como se fosse ontem. Ainda bem que o Professor Alessandro levou em consideração minha tentativa, porque foi impossível cumprir esse trabalho. Teve um outro muito interessante: construir um material gráfico para uma funerária. Mas o campeão foi vender leite de barata como iogurte para criança. Esse foi o melhor. Quer dizer, o pior!


Foi o ano também em que tivemos Estatística e Finanças. Imaginem um bando de loucos tentando fazer contas na calculadora científica? Não é pra gente, com certeza. Queremos criar, planejar, filmar, gravar, enfim, qualquer coisa menos números.


E as aulas de fotografia? Era só tapa na cara que a gente levava. Lembra “Pink”, da rosa vermelha no trabalho de splash? Sem comentários.


E entre uma aula e outra a Pink soltava suas pérolas.


E o terceiro ano chegou. A turma foi dividida. Publicidade e Propaganda para um lado e Relações Públicas para o outro. Cada um na sua habilitação. Mas a gente fazia algumas disciplinas juntos.
E neste mesmo ano ficamos sabendo que aquela “turminha” da manhã iria para o noturno. Parecia o Big Brother com o lado A e o lado B. Era muito engraçado. Mas aos poucos o muro de Berlim foi derrubado e todos estavam unidos (ou pelo menos parecia).


E vieram mais criação, produção gráfica e as aulas de rádio. Era uma das disciplinas mais gostosas de cursar. Entrávamos no estúdio de rádio e esquecíamos do mundo. Teve um dia em que meu grupo, depois de uma noite inteira de gravação, saiu às escuras pelos corredores. Os seguranças já estavam acionando os alarmes pra fechar a faculdade.


Chegou o quarto ano e com ele o temível “TCC”. Foi o ano do choro, brigas, amizades de anos se desfizeram. Impressionante como um simples trabalho pode trazer tanta discórdia. Mas no final deu tudo certo.


Após muita leitura de “Tarde”, “Lipovetsky” e “Walter Benjamim” aqui estamos, colando grau. Concluímos mais uma etapa de nossas vidas. Entre lutas e discussões nos salvamos. Foram vários finais de semanas perdidos, noites sem dormir, refeições mal feitas, dormidas nos coletivos e no trabalho, bronca do chefe porque chegou atrasado devido ao trabalho da faculdade...


Portanto, se durante os quatro anos você não quis comer aquele salgado gorduroso, comprar a trufa que sua colega vendia, fazer a pauta, escrever a matéria, gravar o programa, fotografar o fulano, diagramar o texto, estudar pra prova, pedir pro professor tirar sua falta, conversar durante a aula e tomar bronca, dar um de “nerd” e responder o que o professor pergunta e muito mais, perdeu!


Agora, se você fez tudo isso e com muito orgulho, curta a saudade, reencontre os amigos e professores e lembre-se que essa foi uma das melhores épocas da sua vida. Pois os momentos e as pessoas são únicos.


Que possamos ser publicitários, ou melhor, comunicólogos (como diz nosso professor Ary) conscientes de nossa responsabilidade, respeitando a sociedade, principalmente as pessoas que não têm acesso à informação, sabendo que temos um papel muito importante para com o próximo, não manipulando a mensagem em benefício próprio.


Pedimos desculpas aos pais por não ter participado daquele almoço em família. Pedimos desculpas aos amigos por não ter ido àquele churrasco com a galera. Pedimos desculpas aos namorados e namoradas por não ter ido ao cinema. Pedimos desculpas ao chefe por não ter ido trabalhar justamente no dia da reunião. E pedimos desculpas aos nossos irmãos por ter suportado o computador ligado durante toda noite. Tudo isso foi por uma ótima causa.


Hoje com a globalização, a aceleração das novas tecnologias e a competitividade acirrada o aprendizado é fundamental para o desenvolvimento do ser humano. Não devemos nunca parar de estudar. Como diz Albino Teixeira: a morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender.


E para encerrar meu discurso, eu deixo um pensamento de William Shakespeare: O que não dá prazer não dá proveito. Em resumo, senhor, estude apenas o que lhe agradar.


Obrigado!

(minha autoria)

8 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Fê!!!!!!!!!!
Jél

Felipe disse...

Vc sempre presente na minha vida.... bjs

Unknown disse...

Q lindo! Eu fracassei... fui em busca do futuro promissor q tanto as pessoas falam... Administração de Empresas, mas tenho um sonho...

Danilo disse...

Ótimo discurso. Estou preparando o meu e usarei algumas partes do seu como base tudo bem?

Abraço

Cléia disse...

Parabéns!!! Belissimo discurso, estou terminando publicidade e achei muito lindo... Abraço

Anônimo disse...

Gostei muito de seu discurso.Estou me formando e com sua permissão, gostaria de pegar alguns trechos de seu discurso

Anônimo disse...

gosteii muiiito do discursooo,massa dmaaais'
serviu de modelo pra mim'

Anônimo disse...

Muito bonito seu discurso, peço lhe permissão para utilizar algumas de suas palavras?