quarta-feira, 1 de abril de 2009

Jornalista que faz propaganda é antiético, diz Marcelo Tas

quarta-feira, 1 de abril de 2009


O jornalista multimídia e apresentador do "CQC" Marcelo Tas deu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, veiculada neste domingo. Entrevistado pelo colunista Daniel Castro, Tas repercutiu a polêmica em que se encontrou recentemente quando foi criticado por supostamente misturar misturar propaganda com jornalismo.

Há cerca de duas semanas, ele foi apontado pelo jornal americano "The Washington Post" como uma espécie de celebridade do Twitter, serviço de microblog. Até então, tinha 18 mil seguidores na ferramenta. Hoje, a legião já é mais de 22 mil pessoas.

A página de Tas no Twitter é patrocinada pela Telefônica e, num de seus posts, o apresentador elogiou um produto da operadora, o que desencadeou reclamações.

À Folha, o apresentador disse considerar anti-ético jornalista fazer publicidade disfarçada de jornalismo. Porém, defende o direito de vender espaços comerciais.

Leia o bate-papo:

FOLHA - Você acha ético jornalista fazer propaganda disfarçada?
MARCELO TAS - Não, não acho ético. Mas não é absolutamente isso o que estou fazendo.

FOLHA - O que você está fazendo?
TAS - Estou dando dicas de vídeo como eu sempre fiz. E tem muito jornalista se mordendo de inveja, tentando dizer isso que você colocou.

FOLHA - Você acha que tem jornalista invejoso dizendo que isso é jabaculê?
TAS - Não. E, se fosse, seria um jabaculê muito caro, porque tenho um banner de três centímetros na minha página [espaço ocupado pela Telefónica]. Qualquer portal tem banner de 13 centímetros.

FOLHA - E quanto vale esse jabá?
TAS - Por contrato não posso dizer. Acredito que estejam atribuindo à minha opinião algum valor.

FOLHA - Isso quer dizer que você está vendendo a sua opinião?
TAS - Não, estou vendendo um espaço no meu Twitter, como a Folha vende. A Ilustrada vem com a primeira página inteirinha empastelada de publicidade e ninguém fala nada. As pessoas confundem espaço publicitário com vender opinião. Gostaria que me apontassem com rigor e precisão onde vendi a minha opinião.

FOLHA - Você publica "tweets" com a palavra "xtreme".
TAS -"Xtreme" é a "tag" de todos os "tweets" que estão relacionados a esse contrato com a Telefónica. Aliás, eu exigi isso, para que fique transparente. Quem achar que isso está contaminado, que não clique.

FOLHA - Quando você começou a fazer cross dressing, a se disfarçar de jornalista e humorista e vice-versa?
TAS - Comecei no primeiro dia, com Ernesto Varela, porque não sabia fazer jornalismo.

FOLHA - Você chama seus detratores de ejaculadores precoces. Tem conhecimento de causa?
TAS - Não. Sempre treinei, desde quando me relacionava com animais na fazenda, a retardar o meu prazer para deleitar minhas parceiras, ha, ha, ha.

FOLHA - Você não acha o CQC argentino melhor que o brasileiro?
TAS - Não, é muito pior. É tão pior que está em crise, até trocaram o apresentador.
(Fonte: Adnews e Folha de São Paulo)
"Realmente não entendi o que o Marcelo Tas disse. Ele acha antiético jornalista fazer publicidade. O que ele faz em seu programa, não é publicidade? E no site? Enfim... Acho impossível ele viver sem fazer propaganda. Respeito a opinião dele. Porém ele se contradiz."